No Outono o bairro da escola da Rosa parece uma floresta encantada, tal é a quantidade de vegetação. No chão há um manto de folhas amarelas e junto aos troncos das árvores crescem cogumelos de todos os tamanhos.
Ninguém diria que se está no meio de Lisboa, mesmo ao lado de uma enorme avenida cheia de trânsito.
Às vezes sinto mesmo que a levo para uma casa mágica no meio de um bosque perdido. Um dia destes ainda nos aparece um duende ao virar de uma esquina.

Borboletário

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Há cinco anos eu falava aqui da reabertura do Lagartagis, o Borboletário do Jardim Botânico de Lisboa. Se na altura havia motivos para celebrar, agora há razões para uma enorme preocupação, porque o Borboletário corre o sério risco de fechar portas.
Este projecto nasceu da cabeça imparável, apaixonada, maluca de tão empenhada, da Patrícia, minha grande amiga e uma das maiores especialistas em borboletas do nosso país. E a mim choca-me como se pode pôr em causa uma coisa boa que agora é de todos e que envolveu tanto trabalho, tanta dedicação, tanto entusiasmo.
A opinião da Professora Maria Amélia Martins-Loução está no Público de hoje.

O meu bairro

Eu tenho uma certa tendência para achar que o meu bairro é o melhor de todos. Como já vivi em vários quer isto dizer que eu tenho uma certa tendência para achar que Lisboa é uma cidade cheia de bairros bestiais. E o meu é sempre o melhor.
Aqui ficam as provas do que digo:
1. As fotografias do 25 de Abril de 1974 de Eduardo Gageiro e Luiz Carvalho fazem parte da nossa memória colectiva; todos as conhecemos. E mesmo assim é emocionante vê-las em tamanho grande e na melhor das galerias — a rua. Se há imagens que faz sentido ver na rua são estas.
2. Nasceu há uns dias a Cabine de Leitura. E nós cá em casa nem queremos acreditar na sorte que temos por ela estar aqui ao virar da esquina. Já levámos livros, já trouxemos livros, já a visitámos várias vezes. Que simples e maravilhosa ideia.
Tudo visitável na Praça de Londres. No meu bairro.

Na lapela

Para quem quis saber onde os encontrar:
os micro-cravos estão desde ontem à tarde à venda n’A Vida Portuguesa do Intendente. Hoje à tarde estarão também na loja da Rua Anchieta.
É pô-los na lapela, meus amigos, e desatar a celebrar a liberdade!

No metro

Na estação de metro que uso diariamente apareceram estes desenhos de António Jorge Gonçalves e eu, pateta, fiquei embasbacada a olhar para eles, como se fossem um presente ali posto só para mim, que os conheço tão bem e os acho simplesmente deslumbrantes.
Alguém sabe o que acontece a estes grandes cartazes quando são retirados das molduras e o que seria preciso fazer para eu ficar com um deles? Adorava saber. Obrigada!

Hibernar é preciso

Este blog hibernou durante uns meses. Não foi bom nem mau, foi apenas necessário.
A vida, entretanto, foi sendo vivida e, felizmente, o Inverno já passou.
1. Já tenho uma filha com dez anos. Foi em Dezembro mas ainda acho isto espantoso.
2. Há anos que ouvia falar dos bandos de pássaros tropicais que existem em Lisboa mas confesso que sempre achei que era um mito urbano. Até que dei de caras com este e mais uns quantos à porta de casa. Há coisas mágicas que afinal são verdade.
3. Passei a estar em part-time na loja mais bonita de Lisboa e descobri que tinha imensas saudades de trabalhar em equipa.*
* A ilustração é minha mas foi feita recortando as etiquetas autocolantes das embalagens d’A Vida Portuguesa, parte da identidade gráfica, cuidadíssima, desenvolvida pelo designer Ricardo Mealha. O seu a seu dono.

BLX

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Se há coisa de que não quero esquecer-me nunca mais é que não posso viver sem uma biblioteca pública perto de casa. Na casa nova voltámos a ter não uma, mas duas!
E, quanto a mim, são das mais bonitas de Lisboa.
A Biblioteca das Galveias, sede das BLX, tem o bónus do jardim. A dos Coruchéus foi inaugurada há poucos meses e é um espaço branco e cheio de luz onde me apetece sempre ficar.
Estamos nesta casa há dois meses e já trouxemos destas bibliotecas dezenas de livros para todos lermos. E isto sem pagarmos um tostão.
Os nossos cartões de leitor são um bem precioso por aqui.

O que mudou

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Mudámos de casa. Para quem já me conhece, esta não será uma grande surpresa. Sou uma profissional das mudanças.
Com a casa nova veio um novo bairro onde jamais pensei vir a viver e essa tem sido uma das partes mesmo boas desta nova era. Lisboa ainda é — será sempre — capaz de me surpreender e eu estou a adorar morar numa zona onde se sente que houve um plano, urbanisticamente falando. Os passeios são largos, há árvores que dão belas sombras e os prédios, não sendo espampanantes de bonitos, são bem construídos e foram projectados em harmonia com os que os rodeiam.
A nossa casa é de 1948 — o que para os meus padrões é coisa pouco antiga — mas é das poucas dessa época que tem o chão em tábua corrida, em vez dos tacos de madeira que não adoro.
Estamos bem instalados, portanto.

De novo

 
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1. No início do ano comecei um projecto que só acabará no final de Dezembro.
52 semanas = 52 cartas para a minha sobrinha Maria que está a viver em Berlim.
2. Uma ideia para os Domingos: aproveitar as manhãs, em que as entradas são gratuitas, para ir visitar os Museus de Lisboa. Começámos pelo MNAA, com o seu belíssimo jardim virado para o Tejo.
3. Espalhar estrelinhas ou como transformar umas camisolas quentinhas mas sem grande graça em roupa apetecível para as crianças cá de casa.
4. Novas alcofas para novos bebés.